Bráulio Bessa, que em seus poemas celebra a vida, viu a morte de perto ao contrair Covid e ser internado. Em entrevista ao Encontro, o poeta cearense relatou o medo de morrer ao deixar sua casa de ambulância e com oxigênio.
“Tive muito medo de morrer. Deixei a minha casa com muito cansaço, com a saturação bem baixa, de ambulância e com oxigênio. Não precisamos contrair o vírus para ficarmos abalados, a sensação de desamparo é grande, mas quando testamos positivo esse medo se multiplica. Não queria ser mais um número”, contou ele, cuja esposa, Camila, também foi contaminada com a doença.
O poeta passou bem os três primeiros dias da doença, do quarto ao sétimo teve sintomas leves e a partir do oitavo dia a situação complicou e ele precisou de internação.
“Fiquei muito abalado, mas sempre acreditei na energia boa, na oração, no poder do pensamento. A equipe do hospital me dizia que tenho cabeça boa para ajudar os outros e minha cabeça me ajudaria. Cheguei com os pulmões bem inflamados e logo fui melhorando, os médicos ficaram surpresos”, relembrou ele, que faz um apelo: “Usem máscara, não aglomerem e exijam vacina.”
Fonte: GSHOW