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UFRRJ inaugura Museu de Rochas e Minerais na Baixada Fluminense

UFRRJ inaugura Museu de Rochas e Minerais na Baixada Fluminense
© Tomaz Silva/Agência Brasil

Alunos das escolas públicas e privadas da Baixada Fluminense, na região metropolitana do Rio de Janeiro, e de municípios próximos à Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) ganham nesta quarta-feira (12) uma nova oportunidade de aprender com diversão. O Instituto de Geociências da instituição criou o Museu de Rochas e Minerais, localizado no campus de Seropédica. O espaço, voltado a incentivar a visitação de crianças e adolescentes, estará aberto também a todas as idades de segunda a sexta, das 9h às 16h, com entrada gratuita.

A professora titular da UFRRJ, Soraya Almeida, curadora e coordenadora do projeto de criação do museu, ressaltou que a região possui mais de 3 mil escolas de Ensino Fundamental e Médio, oferecendo uma opção mais acessível para contato com a ciência.

“São pessoas que estão distantes [da capital] do Rio de Janeiro e têm dificuldade de acesso por causa do trânsito, passagem, uma série de fatores que criam obstáculos para essa enorme população. Apesar de estarmos em área rural, há uma grande concentração geográfica [de pessoas]. [O Museu] é um novo polo de difusão de conhecimento dentro da Baixada Fluminense”, declarou à Agência Brasil.

A expectativa é ampliar a inclusão social e melhorar a autoestima e bem-estar das crianças e adolescentes. “Em todos os museus de ciências naturais do mundo, a parte de geologia, minerais e rochas é a que mais atrai pessoas. Os minerais não são apenas bonitos, mas possuem uma estrutura cristalina que fascina e gera interesse pela ciência”, explicou Soraya.

A reação das crianças costuma ser efusiva. “Crianças se envolvem imediatamente, são espontâneas e ficam encantadas”, comentou a professora. “Já os adolescentes demonstram interesse ao realizar trabalhos escolares. Inicialmente, podem parecer indiferentes, mas ao interagir, tocar nas rochas e trazer amostras coletadas perto de suas casas, o envolvimento aumenta”, completou.

Mais de 800 peças em exposição

O Museu, que será o único com esse tema na Baixada Fluminense, apresenta um catálogo de mais de 800 amostras de minerais e rochas, com potencial para ser expandido no futuro, já que existem várias amostras ainda não catalogadas. O acervo poderá atingir mais de 1.500 itens.

Uma das atrações do Museu de Rochas e Minerais da UFRRJ são as atividades de pesquisa, pois o espaço mantém e disponibiliza um acervo que inclui minerais, minérios e rochas de diferentes regiões do Brasil e do mundo. Parte desse material está ligado a projetos científicos realizados ao longo de mais de 30 anos por pesquisadores do Instituto de Geociências da UFRRJ.

O Museu possui um caráter multidisciplinar e conta com o apoio de professores renomados como Rubem Porto Junior, Angélica Cherman, Heitor Mothé e Maria Geralda de Carvalho.

Segundo Soraya, o projeto ficou parado por oito anos devido à falta de recursos, mas teve um avanço significativo após um edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em 2023. A professora também mencionou que o projeto recebeu doações durante eventos museológicos.

Antes da criação do Museu, o Instituto de Geociências já promovia oficinas, reciclagens para professores e palestras nas escolas. “Essas atividades científicas geraram tanto interesse que diversos alunos escolheram carreiras oferecidas na UFRRJ e seguiram seus estudos na instituição”, destacou.

Jardim Geológico

A próxima etapa é expandir a coleção externa, formando uma área do museu a céu aberto. “Pretendemos criar o Jardim Geológico, que apresentará amostras de maiores dimensões, proporcionando um espaço onde as crianças possam circular ao redor das rochas expostas”, anunciou a professora.

Ela também enfatizou a importância de criar uma programação que una todos os museus da UFRRJ para visitas públicas nos finais de semana. “O Núcleo de Articulação de Acervo e Coleções da Universidade está planejando uma agenda que envolverá todos os museus da Rural, promovendo visitas itinerantes abertas à comunidade”, afirmou, destacando que isso poderá se tornar um entra e um espaço de convivência para as famílias.

Nessa programação integrada, participarão o Museu de Solos do Brasil, o de Zoologia, a Casa do Reitor e o de Anatomia Patológica Carlos Tokarnia.

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