Imagine o seguinte: Dia anterior à eleição. Um candidato se aproxima com aquele sorriso amarelo e diz: “toma aqui o meu santinho. Conto com seu voto amanhã!” e sai entregando o papel e repetindo a frase para o próximo coitado que encontrar pela frente. Você, em algum momento, cogitará em votar nesse sujeito? Acredito que não.
Muitos candidatos não entenderam, até hoje, que o voto não é conquistado pelo pedido simples. Simples são os motivos que levam um cidadão a votar em determinado político, mas não é nada simples fazer esse simples. Vou tentar simplificar.
Você se lembra por qual motivo votou nos seus candidatos de preferência na última eleição? Ou foi pela confiança, pelo relacionamento, pelo amor, pela promessa ou pelo dinheiro. E esse último elemento é minoria. Porém, todos esses elementos tiveram algo em comum antes, a conversa. O candidato levou a mensagem dele até você muito antes da decisão ser tomada.
Bolsonaro estava há anos levando a mensagem dele até todo o Brasil. A imprensa, que ridicularizava e atacava devido às polêmicas, ajudava a levar essa mensagem. Depois, foi só pedir o voto. Já Lula, a mesma coisa. Levou a mensagem dele por anos e anos antes de conseguir ser eleito.
Mas vamos chegar mais próximos de nós. O candidato a vereador, por exemplo. Você votou nele, pois ele é alguém próximo, que prometeu lutar pelo seu bairro, ou por uma causa que você defende, ou por que era um parente ou amigo próximo, ou alguém que você acreditava que seria bom para o cargo. Entendeu? Ele levou a mensagem dele antes, criou reputação e, a partir desse relacionamento, você votou nele.
Mas agora, para fazer isso que é o segredo! Gerar esse relacionamento, essa conversa, que não é nada simples. Pois depende da produção e segmentação de mensagens, para entregar no momento certo, para o público certo, na plataforma certa. Isso que é a essência do marketing político digital hoje. Esse é o meu santinho!
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