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Psiquiatra diz que Vampiro de Niterói é ‘totalmente irrecuperável’

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O psiquiatra especialista em assassinos em série, Guido Paloma, analisou as cartas de um dos maiores assassinos em série do Brasil

Na última quarta-feira (03), três cartas do serial killer brasileiro, Marcelo Costa de Andrade, popularmente conhecido como o Vampiro de Niterói, passaram pelo conhecimento público. Nesse sentido, dois dos maiores psiquiatras do Brasil analisaram os escritos.

O Vampiro teria escrito essas três cartas para uma psicóloga do hospital em que está internado desde sua prisão. Supostamente, ele teria se apaixonado por ela e enviou essas cartas em 2008, quando Solange Diniz de Carvalho ainda era estudante de psicologia.

Trechos e análise do psiquiatra

“Quando eu tinha 10 anos, fiquei me prostituindo na Cinelândia, Central do Brasil e na Galeria Alasca, em Copacabana, até os meus 18 anos de idade. E eu ganhava um bom dinheiro assim. Aconteceu que eu cresci e comecei a gostar de garoto novo para sexo. Aconteceu também de eu ficar endemoniado e doido da cabeça. Então eu matei 13 garotos de 5 a 13 anos de idade em lugares desertos. Eu bebia o sangue dos meninos e estuprei eles. Isso em um ano. É por isso que estou há muitos anos preso.”

O psiquiatra Guido Paloma, que leu as cartas do Vampiro, fez uma análise da pessoa que o assassino é.

“O conteúdo das cartas é típico de criminoso com gravíssimos distúrbios mentais. Esse tipo de indivíduo é totalmente irrecuperável. Nasceu deformado, é anormal e continuará sendo até morrer. A deformidade é estrutural e não existe tratamento que possa modificá-lo”, opinou o médico, autor do livro “Insania furens: Casos verídicos de loucura e crime”.

Paloma acredita, ainda, que se o Vampiro voltar às ruas, voltará a cometer mais atrocidades.

“Pelas cartas que ele escreveu, são identificadas uma ausência de valores éticos e morais, a inexistência de capacidade de crítica e de autocrítica e a falta completa de qualquer palavra ou menção a arrependimento. Ele fala dos crimes, mas não fala de culpa. Chega a lamentar estar preso, mas não se refere às vítimas nem aos seus familiares. Isso leva, diretamente, a supor ausência de sentimentos superiores de piedade, compaixão e altruísmo, o que, aliás, coincide perfeitamente com a morfologia dos crimes que praticou”, concluiu.

Outra opinião profissional

A psiquiatra e autora do best-seller “Mentes perigosas: o psicopata mora ao lado”, Ana Beatriz Barbosa, também teve acesso às cartas e fez sua avaliação.

Fica claro que ele apresenta um déficit cognitivo, o que antes era chamado de retardo mental. Dá para chegar a essa conclusão lendo o que ele escreveu e a forma como se expressa”, disse a médica.

“Às vezes, percebemos que ele delira um pouco, o que indica traços de psicose. Em determinados trechos, ele expressa uma megalomania típica de pessoas narcisistas. Principalmente quando ele relata os detalhes dos crimes que cometeu, dando o número de vítimas como se fosse um troféu. Nas cartas, também fica muito claro que ele é perverso e irrecuperável. Certamente, ele veio de uma família desestruturada e de ambiente violento”, finalizou Barbosa.

Quem foi o Vampiro de Niterói

Marcelo Costa de Andrade, de 57 anos, foi um assassino em série que atuou em Niterói, no Rio de Janeiro, no início da década de 1990. Ele é responsável pela morte de 13 crianças, entre seis e 13 anos, e alega que estava ajudando-as a entrar no céu mais rapidamente.

Ficou conhecido como Vampiro de Niterói porque, além de sodomizar as vítimas, ele também bebia do sangue delas.

Atualmente ele se encontra recluso no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Henrique Roxo, no Rio de Janeiro.

Foto destaque: Reprodução/Internet

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