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Praia alargada de Balneário Camboriú está totalmente imprópria para banho

Praia alargada de Balneário Camboriú está totalmente imprópria para banho
Praia Central de Balneário Camboriú — Foto: Patrick Rodrigues/ NSC
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Instituto do Meio Ambiente analisou 10 pontos de coleta na Praia Central e não recomenda banho de mar na orla.

Os 10 pontos da Praia Central em Balneário Camboriú, no Litoral Norte, estão impróprios para para banho, segundo análise do Instituto do Meio Ambiente (IMA) feita na segunda-feira (12).

A falta de qualidade na água está relacionada ao esgoto irregular, chuvas e chegada de turistas, segundo especialistas.

Conforme a professora doutora em biologia molecular e biotecnologia da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) Vanessa Gonçalves, após os temporais, houve um aumento da concentração de indicadores biológicos que prejudicam a qualidade dos mares.

A chuva altera bastante a balneabilidade porque todo o esgoto e eventuais rejeitos que são liberados de maneira irregular, nos rios e córregos ao redor, acabam sendo carregados de maneira mais densa para o mar”, explica Gonçalves.

Foto: Divulgação / PMBC

Pelo laudo do órgão ambiental, que monitora semanalmente mais de 100 praias do litoral do estado durante a temporada de verão, a última vez que a Praia Central teve trechos próprios para banho foi em 21 de novembro. Na ocasião, apenas dois pontos de coleta estavam inadequados.

Outros fatores podem influenciar no resultado da balneabilidade. A própria vinda de turistas, o alargamento da faixa de areia e a temperatura do ar e da água são pontos relevantes, de acordo com a especialista.

O que mudou muito nos últimos dias foi o volume de chuva. A vinda de turistas ainda não é tão alta, porque a gente ainda está em dezembro, e o alargamento da faixa já foi feito antes. Se a gente for olhar os dados do IMA, vai ver que Balneário Camboriú não é a única cidade afetada”, contextualiza Gonçalves.

Professor de Ecologia e Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Paulo Horta chamou a atenção para um cenário de “saneamento deficitário”, que veio à tona com as chuvas.

“As condições ambientais impostas pela combinação do evento extremo com as carências de saneamento acabam produzindo condições que aumentam a viabilidade destes micro-organismos que causam doenças de veiculação hídrica”, explicou.

Chuvas causaram alterações, diz município

Douglas Costa Beber, diretor-geral da Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa) de Balneário Camboriú, destacou que as coletas realizadas no dia 12 de dezembro pelo IMA já “mostram a quantidade de e-coli muito abaixo da coleta anterior”, feita em 5 de dezembro.

O monitoramento anterior aconteceu pouco depois da chuva forte e intermitente castigar parte do Litoral catarinense; isso, segundo Beber, interferiu no resultado da análise.

Para um local ser considerado próprio, em 80% ou mais de um conjunto de amostras coletadas nas últimas cinco semanas nesse ponto, deve haver, no máximo, 800 bactérias da espécies por 100 mililitros (entenda abaixo).

“O município, por meio da Emasa, também faz a coleta semanalmente, e quando ocorre chuva, transfere o dia da coleta”, afirmou. Durante a temporada de verão, de acordo com o diretor, são feitas três coletas semanais.

Medição

O IMA segue a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) sobre balneabilidade e determina se um local está próprio ou impróprio para banho dependendo da quantidade da bactéria Escherichia coli, encontrado no intestino humano e de outros animais, em 100 mililitros de água.

A coleta do IMA é feita uma vez por semana, entre novembro e março, sempre no mesmo dia da semana e em horário próximo, conforme o instituto.

No caso da Praia Central de Balneário Camboriú, as amostras são retiradas às segundas-feiras. Fora da temporada de verão, a medição acontece uma vez por mês.

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Fonte: G1

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