A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu nesta sexta-feira (14) o inquérito do caso do ataque à creche Pró Infância Aquarela, que matou três crianças e duas professoras, além de ter deixado um bebê de um ano e oito meses ferido no último dia 4. O autor está preso preventivamente e responderá por cinco homicídios triplamente qualificados e uma tentativa de homicídio.
A investigação concluiu que Fabiano Kiper Mai pretendia atacar o colégio em que estudou, mas teve medo de não conseguir realizar o atentado com uma arma branca, então decidiu descontar as suas frustrações em vítimas mais frágeis.
[Fabiano] alimentou um ódio generalizado e descarregou a raiva em pessoas que não tinham nada a ver com ele. Atacou pela fragilidade das vítimas. A primeira ideia seria a escola, pessoas com quem convivia, mas como não conseguiu uma arma de fogo, achou que não daria conta da ação com uma arma branca – revelou o delegado Jerônimo Marçal Ferreira, responsável pela investigação.
Fabiano comprou a arma do crime pela internet e recebeu a encomenda 5 dias antes do atentado. Descrito como uma pessoa isolada e de difícil relacionamento, de forma excessiva, o autor do atentado não comprava as próprias roupas, nem fazia refeições em família. Ele planejou o atentado durante meses, tendo contato pela internet com materiais violentos e pessoas da mesma índole.
Marçal também afirmou que o acusado pretendia matar o maior número de pessoas possível e que na manhã do crime, Fabiano foi trabalhar normalmente e chegou à creche às 9h50.
– Ele agiu sozinho e consciente do que fez o tempo todo. Planejou a ação desde o ano passado. Ele tem que ser responsabilizado pelos crimes graves e cruéis que cometeu – ressaltou o delegado.
Mais de 20 pessoas foram ouviras até a conclusão do caso. A polícia não deu detalhes do depoimento de Fabiano, mas confirmou que o jovem confessou a autoria do crime.
Fonte: Pleno News