Uniforme utilizado pelo Cruzeiro na Copa Sul-Americana, com patch do torneio (foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)
O Cruzeiro começou sua trajetória na Copa Sul-Americana cheio de expectativas. Esses sentimentos eram justificáveis, pois contava com um elenco forte e um mês de trabalho com seu novo treinador, Leonardo Jardim, após a eliminação no Campeonato Mineiro. A equipe vinha de uma vitória inicial no Campeonato Brasileiro, mas, surpreendentemente, não conseguiu se destacar na competição sul-americana, não se classificando no Grupo E.
No sorteio da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), o grupo parecia favorável, tendo como adversários times como Unión (Argentina), Mushuc Runa (Equador) e Palestino (Chile). No entanto, as altas expectativas não foram correspondidas e a torcida começou a questionar o trabalho de Jardim.
TRÊS DERROTAS EM TRÊS RODADAS
No dia 1º de abril, o Cruzeiro enfrentou o Unión na Argentina, mas, apesar de um time escalado por Jardim, apresentou baixa performance e perdeu por 1 a 0. A desconfiança em relação ao time foi crescente, mas havia uma nova oportunidade ao receber o Mushuc Runa no Mineirão em 9 de abril. Para a surpresa de todos, a equipe não conseguiu se impôr e, mesmo com o gol de abertura do adversário, perdeu por 2 a 1. Na terceira rodada, uma vitória era crucial contra o Palestino, mas o time cedeu novamente e acabou derrotado por 2 a 1.
Com dificuldade para encontrar uma formação eficaz, já na quarta rodada do Campeonato Brasileiro o treinador teve um pouco mais de sucesso na montagem do time, mas optou por não jogar com toda a força na Sul-Americana. Após a derrota contra o Palestino, conflitos surgiram dentro da equipe quando Dudu expressou inquietação sobre sua condição de reserva, gerando repercussões negativas.
ELIMINAÇÃO SACRAMENTADA
No dia 7 de maio, o Cruzeiro enfrentou o Mushuc Runa novamente, e a obrigação era vencer. Contudo, a equipe conseguiu apenas um empate, um ponto que se mostrou insuficiente para seguir no torneio. O fechamento da participação foi em maio, com uma vitória em um jogo sem impacto e um empate sem gols contra o Unión, onde Jardim seguiu a estratégia de escalar um time alternativo.
FATORES CRUCIAIS PARA A QUEDA DO CRUZEIRO
Entre os principais fatores que contribuíram para a queda do Cruzeiro na competição estão:
- Falta de reação: O time se mostrou apático e sem energia, principalmente ao sofrer gols primeiros em jogos importantes.
- Descompasso em campo: A ausência de entrosamento entre jogadores das formações alternativas se destacou.
- Prioridade em outras competições: Jardim minimizou a concorrência da Sul-Americana em relação a outras metas.
Por fim, o Cruzeiro encerra sua participação na Copa Sul-Americana sem as vitórias esperadas, mas com a esperança de que a prioridade voltada ao Campeonato Brasileiro e à Copa do Brasil traga melhores resultados no futuro.
PRÓXIMOS JOGOS DO CRUZEIRO
Após sua saída da Sul-Americana, a Raposa se prepara para enfrentar o Palmeiras no Mineirão no dia 1º de junho. Além disso, está confirmada nas oitavas da Copa do Brasil, aguardando determinar o oponente e as datas dos confrontos.