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Crescimento de homicídios juvenis na Sé é alarmante: aumento de 280% em 10 anos

Crescimento de homicídios juvenis na Sé é alarmante: aumento de 280% em 10 anos
© Marcelo Camargo

Um levantamento realizado pela Rede Nossa São Paulo revela que o distrito da registrou um aumento de 280% na taxa de homicídios entre jovens, tornando-se o mais violento da capital paulista para este grupo etário. O estudo abrange dados de pessoas entre 15 e 29 anos e aponta que o índice de homicídios juvenil na Sé é oito vezes superior à média do município.

De 2010 a 2020, a taxa subiu de 58,3 para 163,3 mortes por 100 mil habitantes. Em comparação, a média dos outros distritos foi de apenas 20,2 mortes para cada 100 mil moradores.

A Sé também lidera os índices de homicídios, com 26,2 crimes para cada 100 mil residentes. Esses dados são originários do Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade (PRO-AIM), vinculado à Secretaria Municipal da Saúde.

Outros distritos com altas taxas de homicídio juvenil incluem Marsilac (162,6), Brás (130), Barra Funda (78,7) e São Miguel (50,3).

Além disso, a pesquisa também indica que 28 distritos não relataram homicídios em 2020, incluindo áreas de classes média e alta, como Pinheiros, Jardim Paulista e Vila Mariana.

Misoginia e feminicídio

Em relação a feminicídios, a Barra Funda apresentou os piores índices, com 18,65 casos para cada 10 mil mulheres de 20 a 59 anos. A pesquisa constatou que 72 distritos não registraram nenhum caso de feminicídio.

Os especialistas da Rede Nossa São Paulo também investigaram a distância média que as mulheres vítimas de agressões precisam percorrer para chegar a uma delegacia. No distrito de Pari, a média é de 1,2 km, enquanto moradoras do Tremembé enfrentam distâncias de até 22,2 km.

De acordo com dados do Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (Raseam) 2025, em 2024, o Brasil registrou 1.450 feminicídios e 2.485 homicídios dolosos envolvendo mulheres. A Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, divulgada em 2023, mostra que três em cada dez brasileiras já foram vítimas de violência doméstica, com uma parte considerável afirmando que agiriam apenas em situações de risco mínimo.

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