O setor público consolidado, que inclui a União, Estados, municípios e empresas estatais, alcançou um superávit primário de R$ 3,6 bilhões em março de 2025, conforme revelou nesta quarta-feira (30) o Banco Central (BC). Este valor representa uma melhora em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o superávit foi de R$ 1,2 bilhão.
O relatório do BC detalha que, em janeiro, o Governo Central — composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central — registrou um superávit de R$ 2,3 bilhões, e os governos regionais, de R$ 6,5 bilhões.
Além disso, as empresas estatais também contribuíram para esse resultado, com um superávit de R$ 566 milhões.
Déficit Primário e Juros
No acumulado de 12 meses, o setor público apresentou um déficit primário de R$ 13,5 bilhões, correspondente a 0,38% do Produto Interno Bruto (PIB). Comparado a fevereiro, que registrou um déficit de R$ 15,9 bilhões, houve uma queda significativa na relação com o PIB.
Em março, os juros nominais do setor público totalizaram R$ 75,2 bilhões, frente aos R$ 64,2 bilhões do mesmo mês do ano passado. O total nominal do setor acabou apresentando um déficit de R$ 71,6 bilhões.
O BC também informou que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) atingiu 75,9% do PIB, avaliando-se em R$ 9,1 trilhões em março, uma diminuição de 0,2 pontos percentuais comparado ao mês anterior. A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) chegou a 61,6% do PIB, ou R$ 7,4 trilhões.
“No ano, a DLSP aumentou 0,1 p.p. do PIB, refletindo os impactos dos juros nominais e da variação cambial”, afirmou o BC.