A taxa de desemprego no Brasil subiu para 7% no trimestre encerrado em março de 2025, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo IBGE por meio da Pnad Contínua. O aumento representa uma leve alta em relação aos 6,8% registrados no trimestre anterior, mas é o menor percentual para o período desde o início da série histórica, em 2012.
Conforme o instituto, essa elevação se deve a um incremento no número de pessoas buscando emprego, que cresceu 13,1% em comparação com o trimestre encerrado em dezembro, totalizando mais 891 mil brasileiros em busca de trabalho. A população ocupada, por outro lado, caiu 1,3%, resultando em uma redução de 1,3 milhão de trabalhadores.
Apesar do aumento na taxa de desemprego, o mercado de trabalho permanece aquecido, conforme analisado por Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE. Segundo ela, o crescimento da desocupação é sazonal e não compromete os avanços recentes na geração de empregos, tanto formais quanto informais.
Um dado positivo do levantamento é que o rendimento médio dos trabalhadores chegou a R$ 3.410, o maior já registrado na série histórica. Isso representa um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e 4% comparado ao mesmo período de 2024.
Entre os aspectos negativos, o número de empregados sem carteira assinada no setor privado caiu 5,3%, correspondendo a menos 751 mil pessoas nessa condição. Ao mesmo tempo, os trabalhadores com carteira assinada permaneceram estáveis, totalizando 39,4 milhões.
Os especialistas projetam uma desaceleração do mercado de trabalho ao longo de 2025, influenciada principalmente pela política de juros do Banco Central. Contudo, os dados do primeiro trimestre continuam indicando um cenário mais favorável do que o observado em anos anteriores.