Nesta quinta-feira (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil tomará “medidas cabíveis” em resposta à decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que incluiu o país na alíquota mínima de importações fixada em 10%. Essa medida foi oficializada na quarta-feira (2) e impacta diretamente as exportações brasileiras.
“Diante da decisão dos Estados Unidos, tomaremos todas as medidas cabíveis para defender nossas empresas e os trabalhadores brasileiros. Temos como referência a lei da reciprocidade econômica, aprovada pelo Congresso”, declarou Lula.
A legislação citada pelo presidente permite ao Brasil aplicar tarifas e adotar outras ações em resposta ao aumento de tributos impostos por outros países. Atualmente, o Brasil segue as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC), que limitam a imposição de tarifas específicas contra nações individuais.
Lula também criticou políticas protecionistas, ressaltando que o Brasil não aceitará restrições ao livre comércio. “Somos um país que não tolera ameaças à democracia, que não abre mão de sua soberania e que não bate continência para nenhuma outra bandeira, além da verde e amarela. Respeitamos todos os países, dos mais pobres aos mais ricos, mas exigimos reciprocidade no tratamento”, afirmou.
A declaração foi feita durante um evento que apresentou um balanço das ações do governo nos dois primeiros anos de mandato, onde foram divulgados dados sobre a geração de empregos e exibidos vídeos sobre programas como o Mais Médicos e o Bolsa Família.