Caso ação seja aprovada no Legislativo da Venezuela, Brasil pode emitir nota de protesto ou convocar embaixadora para consultas

O governo brasileiro está pronto para reagir caso o Legislativo da Venezuela declare Celso Amorim, assessor especial de Lula, persona non grata, conforme ameaçou Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela. Até o momento, Brasília optou por evitar responder diretamente às recentes provocações de Caracas, incluindo a convocação do embaixador venezuelano Manuel Vadell para consultas e críticas aos diplomatas Amorim e Mauro Vieira.

Segundo fontes, a reação do Brasil, se a medida contra Amorim for oficializada pela Venezuela, poderia incluir uma nota de estranhamento ou uma ação recíproca, chamando para consultas a embaixadora Glivânia Maria de Oliveira. Caso Maduro vá além e retire seu embaixador, o Brasil deverá responder com um movimento similar, como ocorreu em relação à Nicarágua.

Fontes do Planalto avaliam que as ações da Venezuela refletem disputas políticas internas após a Cúpula dos Brics, na qual Maduro não avançou com sua intenção de integrar o bloco. A orientação de Lula, por enquanto, é manter uma postura moderada e não responder diretamente às provocações.

Foto destaque: Reprodução/Vinicius Loures